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  Cemitério do Campo completa 150 anos em Santa Bárbara

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  Cemitério do Campo completa 150 anos em Santa Bárbara

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imigração

Cemitério do Campo completa 150 anos em Santa Bárbara

Espaço localizado na zona rural de Santa Bárbara é considerado um símbolo da história e cultura dos imigrantes americanos na região

Por Marina Zanaki

13 jul 2018 às 11:25 • Última atualização 13 jul 2018 às 11:28

O Cemitério do Campo, localizado na zona rural de Santa Bárbara d’Oeste, completa 150 anos nesta sexta-feira (13). O espaço é considerado um símbolo da história e cultura dos imigrantes americanos. O local é particular mas está aberto a visitas agendadas por meio do telefone 3629-1800.

O surgimento desse cemitério está ligado à vinda dos primeiros imigrantes americanos à região. Um dos primeiros a chegar ao país após a Guerra de Secessão foi o Coronel Asa Thompson Oliver, que comprou uma fazenda em Santa Bárbara d’Oeste – a propriedade era conhecida como “Campo”. Sua esposa Beatrice imigrou para o país em seguida, mas contraiu tuberculose durante a viagem e morreu logo após desembarcar na região. Ela faleceu no dia 13 de julho de 1868.

De acordo com a Fraternidade Descendência Americana, Beatrice não pôde ser enterrada no cemitério municipal, que pertencia à Igreja Católica, pois era protestante. A solução encontrada pelo esposo foi enterrá-la na própria fazenda. A sepultura dela segue preservada no local, que a partir daí tornou-se o cemitério dos imigrantes cujas famílias se instalaram na região.

“Celebramos os 150 anos do Cemitério do Campo não só por ser o lugar onde estão nossos entes queridos, mas também por toda essa bagagem de história e cultura do local”, disse o presidente da Fraternidade Descendência Americana, João Leopoldo Padoveze.

No Cemitério do Campo estão enterradas pessoas relevantes no processo de imigração, como o coronel William H. Norris, responsável pelo agrupamento na região da cidade da Americana; Dr. Cícero Jones e Dr. Robert Cícero Norris, renomados médicos da região; e Jonh Dunn, o primeiro fabricante e importador de implementos agrícolas.

O espaço também é uma referência para as igrejas protestantes – lá instalou-se a primeira Igreja Batista do Brasil, em 1871, e a primeira Igreja Presbiteriana da Junta de Missões dos Estados Sulistas dos EUA no Brasil, em 1870.