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  Setor contabiliza 750 postos fechados desde início do ano

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  Setor contabiliza 750 postos fechados desde início do ano

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têxtil

Setor contabiliza 750 postos fechados desde início do ano

Economista explicou que a derrocada do setor vem desde a década de 1990, com a abertura do mercado nacional e que sua situação é “irreversível”

Por Marina Zanaki

04 nov 2016 às 09:04

O setor têxtil vem padecendo desde o início de 2016, com cortes e empresas fechando as portas. Somando-se às 300 demissões já efetuadas nesta quinta-feira pela Toyobo, o número de vagas fechadas no setor chega a 750 postos diretos.

Economista ouvido pela reportagem explicou que a derrocada do setor vem desde a década de 1990, com a abertura do mercado nacional, e que sua situação é “irreversível”.

Em janeiro, a Polyenka, especializada em filamentos contínuos, demitiu 300 funcionários. A Prisma Tinturaria e Estamparia finalizou as atividades e demitiu 50 funcionários em abril. A também japonesa Unitika do Brasil Indústria Têxtil enxugou seu quadro de colaboradores em 20%, encerrando o turno da noite em junho e demitindo 100 trabalhadores.

Para o professor de economia da Fatec (Faculdade Técnica) de Americana, Marcos de Carvalho Dias, o encerramento das atividades têxteis da Toyobo é muito preocupante, já que a empresa produz fios, matéria-prima para o setor, sinalizando problemas sérios na indústria de tecidos.

“O ramo têxtil tem perdido a competitividade há muito tempo, mas em função da demanda interna, o setor não tinha problemas. Agora, com a crise, houve a queda no consumo e isso começou a aflorar. É possível melhorar políticas econômicas para as indústrias, incentivar investimentos, aumentar taxação, mas isso deveria ter sido feito lá atrás. Hoje não tem muito mais o que fazer. Vejo a situação como irreversível. Imagina um produtor pequeno, sem condições de competir no mercado externo, vai ter problemas maiores ainda”, avaliou Dias.