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  RPT tem 2,6 mil beneficiários sob investigação

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8 de Agosto de 2019 Grupo Liberal Atualizado 13:56
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  RPT tem 2,6 mil beneficiários sob investigação

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bolsa família

RPT tem 2,6 mil beneficiários sob investigação

Governo federal bloqueou cadastro de 1,2 mil e cancelou outros 1,3 mil cartões nas 5 cidades da Região do Polo Têxtil

Por Mariana Ceccon

09 nov 2016 às 10:17 • Última atualização 09 nov 2016 às 14:01

A RPT (Região do Polo Têxtil) tem 2.619 beneficiários do programa Bolsa Família com cadastros sob investigação. O número de inscrições bloqueadas ou canceladas por município foi divulgado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário nesta terça-feira (8) e apontam divergências entre a renda declarada e a recebida pelas famílias.

Na segunda-feira, a pasta já havia anunciado o maior pente-fino feito na história do programa, operação que encontrou 1,1 milhão de cadastros supostamente irregulares em todo o país. Na região, o número de famílias que estão sob investigação representa 11% do total de inscritos na folha de pagamento de outubro. Já no cenário nacional, as supostas fraudes respondem por 8% do número de beneficiários.

Foto: Prefeitura de Santa Bárbara d´Oeste / Divulgação
A retirada do novo cartão é uma exigência para continuar recebendo

O Bolsa Família é voltado para famílias extremamente pobres – cuja renda per capita mensal é de até R$ 85 – e pobres, com renda de até R$ 170 por integrante. De acordo com o Ministério, estão cancelados os cadastros nos casos em que foi apurado que a renda per capita da família ultrapassa R$ 440. Já o bloqueio foi adotado para os beneficiários que apresentaram renda entre R$ 170 e R$ 440. São 1.231 beneficiários bloqueados na RPT e 1.388 cancelados até o momento.

A cidade da região com o maior número de investigados é Hortolândia, com 1,1 mil cadastros suspeitos. O município também tem o maior número de inscritos no programa: 8,7 mil beneficiários. Sumaré tem 786 inscrições irregulares; Santa Bárbara possui 354; Americana 302 e outros 71 em Nova Odessa.

O ministro Osmar Terra informou que serão feitos mensalmente cruzamentos de dados para identificar possíveis fraudes. “Não estamos cortando recursos. Todo esse dinheiro voltará para a área social, seja para aqueles que estão na fila de espera e até, quem sabe, para melhorar os valores repassados”, declarou.

Desde junho estão sendo usadas seis diferentes bases informacionais do governo para identificar irregularidades, como CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica), Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e até mesmo o Sistema de Controle de Óbitos. As famílias que tiveram o repasse bloqueado devem procurar a gestão municipal do Bolsa Família para comprovar que estão dentro das regras do programa.

CAMPANHA
No último dia 3, o governo federal já havia anunciado que 13 mil usuários do programa em todo Brasil tiveram o cartão bloqueado após fazerem doações para campanhas eleitorais. Eles foram identificados em um cruzamento de dados feito pelo Tribunal Superior Eleitoral e também estão sendo convocados a prestar esclarecimentos nas gestões municipais do programa. Esta semana, a pasta informou que 26 cadastros oriundos da RPT estão nesta lista e no Estado, são 941 convocados no total.