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  População da RPT se aproxima de 1 milhão, aponta IBGE

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População da RPT se aproxima de 1 milhão, aponta IBGE

Estimativa aponta que entre as cinco cidades da RPT (Região do Polo Têxtil), Hortolândia foi a que mais cresceu

Por Valéria Barreira

30 ago 2018 às 10:05 • Última atualização 30 ago 2018 às 11:00

As cinco cidades da RPT (Região do Polo Têxtil) concentram perto de um milhão de habitantes, segundo estimativas das populações residentes nos municípios brasileiros divulgadas nesta quarta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Americana, Santa Bárbara d’Oeste, Nova Odessa, Sumaré e Hortolândia somam 994.943 moradores. O número representa um crescimento de 1,61% em relação ao ano passado ou 43 novos moradores a cada dia. O índice é maior que a taxa de crescimento nacional, que ficou em 0,82%.

Hortolândia foi a cidade que mais cresceu. O número de habitantes da cidade saltou de 222.186 no ano passado para 227.353 em 2018, um aumento de 2,33%. Em seguida, aparece Sumaré com um salto de 273.007 para 278.571, ou 2,04%. Segundo as estimativas do IBGE, Nova Odessa surge em terceiro lugar no ranking da RPT. A cidade teve um crescimento de 1,96% pulando de 58.227 moradores em 2017 para 59.371 neste ano. Americana vem em seguida com uma taxa de 1,39%. De 233.868 pessoas, cresceu para 237.112. Santa Bárbara foi a que menos cresceu, de acordo com o IBGE, com um índice de 0,34%, subindo de 191.889 para 192.536.

Foto: Prefeitura de Hortolândia/Divulgação
Hortolândia foi a cidade que mais cresceu

As estimativas populacionais municipais são um dos parâmetros utilizados pelo Tribunal de Contas da União no cálculo do Fundo de Participação de Estados e Municípios. Segundo o IBGE, o método utilizado para cálculo das estimativas baseia-se na projeção da população estadual e na tendência de crescimento dos municípios, delineada pelas populações municipais captadas nos dois últimos Censos Demográficos (2000 e 2010).

Para Miguel Brito, secretário de Desenvolvimento Econômico de Santa Bárbara d’Oeste, a estimativa projetada pelo IBGE para a cidade não reflete a realidade atual do município. “A projeção levou em consideração um período em que a cidade estava estagnada, sem crescimento. O IBGE pegou esse cenário e fez a projeção, só que esse cenário mudou. A realidade do município é outra”, avalia. Segundo ele, o crescimento do município pode ser medido pela demanda crescente por serviços públicos nas áreas de saúde e educação. ”Só nos últimos seis anos foram 1.600 novas vagas em creche”, exemplifica.

Na avaliação de Rosana Aparecida Baeninger, professora do Departamento de Demografia do IFCH (Instituto de Filosofia e Ciências Humanas) da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e pesquisadora do Nepo (Núcleo de Estudos de População), também da Unicamp, a taxa de crescimento habitacional na RPT, embora maior que o índice nacional, é baixa e reflete duas situações: a queda no número de filhos que permanece abaixo de 2,2 por mulher e o movimento migratório na região.

Rosana destaca que as migrações intermunicipais impactam diretamente na população dos cinco municípios da RPT. São pessoas vindas, principalmente de Campinas, que optam pela mudança para cidades vizinhas em busca de moradia e trabalho, fugindo do custo de vida mais alto da metrópole.

Excluindo as capitais, Campinas é o segundo município mais populoso do País com 1.194.094 moradores, perdendo apenas para Guarulhos com 1.365.899. No Brasil, segundo as estimativas do IBGE, já são 208,5 milhões de habitantes.