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  Outra unidade de S. Bárbara entrará no processo de reorganização escolar

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8 de Agosto de 2019 Grupo Liberal Atualizado 13:56
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  Outra unidade de S. Bárbara entrará no processo de reorganização escolar

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Cotidiano

Outra unidade de S. Bárbara entrará no processo de reorganização escolar

Na primeira lista divulgada pela Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, apenas duas escolas da RPT estavam na ação

Por Angelo Miloch

30 out 2015 às 07:38 • Última atualização 08 jan 2016 às 13:32

A escola Fioravante Luiz Angolini, do bairro Chácara Recreio Cruzeiro do Sul, em Santa Bárbara d’Oeste, também será disponibilizada para reorganização escolar. Com a medida, a partir do ano que vem a unidade não abrirá salas para o 6º ano da rede estadual de ensino. No entanto, alunos matriculados nos 7º, 8º e 9º anos poderão concluir os estudos no local.

Foto: Marcelo Rocha / O Liberal
Dona de casa Ana Tamanini se revoltou com as medidas
A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo informou, por nota, que apenas duas unidades seriam disponibilizadas na RPT (Região do Polo Têxtil). A escola Professora Sônia Aparecida Bataglia Cardoso, no Jardim Pérola, também em Santa Bárbara, e a escola Professora Sebastiana Paie Rodella, do Parque da Liberdade, em Americana, não abrirão novas turmas pela rede estadual. A medida gerou novos protestos nesta quinta-feira, inclusive na capital paulista.

O LIBERAL constatou, junto à Diretoria de Ensino de Americana, que a Fioravante será “disponibilizada gradativamente”. Segundo a dirigente da regional, Marilda Leme, atualmente o prédio é compartilhado com a rede municipal. “Vai demorar de três a quatro anos para disponibilizar esse prédio. Vamos garantir a formação destes alunos de 7º, 8º e 9º anos lá”, adiantou, sobre os alunos matriculados nos anos finais (6º ao 9º) do ensino fundamental.

Outra escola que deixará de ter salas da rede estadual, em Santa Bárbara, é a Sônia Bataglia. Segundo Marilda, os alunos do ensino médio serão encaminhados à escola Professor Eduardo Silva, no Planalto do Sol, e, do ensino fundamental, para o Professora Maria Jose Margato Brocatto, no Cidade Nova, e Professora Jadyr Guimaraes Castro, no Zabani.

Sobre a escola Sônia Bataglia, Marilda antecipou que a prefeitura de Santa Bárbara “pretende” abrir salas do 1º ao 5º do ensino fundamental para atender ao bairro Dona Regina. De acordo com ela, o bairro está “muito defasado em relação à demanda” escolar. A prefeitura de Santa Bárbara informou que “a informação não procede” e que “não tem nada definido”.

Já em Americana, o governo abriu mão do prédio da escola Professora Sebastiana Paie Rodella, no Parque da Liberdade. Segundo a prefeitura de Americana, a unidade tem, atualmente, 38 alunos. “Eles seriam remanejados para outros estabelecimentos da região e, no local, após as adaptações necessárias, seria instalada uma creche com 120 vagas.”

Foto: Marcelo Rocha / O Liberal
Moradora em Americana, Aline Silva foi pega de surpresa
Moradores criticam o ‘fechamento’ das escolas

Das três escolas que serão disponibilizadas na RPT (Região do Polo Têxtil), duas atingiram as metas mais recentes do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), referentes a 2013. Questionados sobre a reorganização, moradores criticam o fechamento dos estabelecimentos.

A dona de casa Ana Cristina Tamanini, 42 anos, do Jardim Pérola, em Santa Bárbara, tratou como “pouca vergonha” o fechamento da escola Sônia Bataglia. “Porque, na realidade, as escolas já são poucas e não comportam os alunos que tem.”

Moradora em frente à escola Sebastiana Paie, em Americana, Aline Alves da Silva, 33 anos, disse que foi pega de “surpresa”. “Não tem escola perto. Não temos condições de pagar van escolar. Vai fazer muita falta no bairro”, ressaltou, a moradora que tem filha na unidade.

Em visita à região nesta quinta-feira, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) apontou interesse do estado em aumentar o Idesp (Índice de Desenvolvimento da Educação de São Paulo) ao fazer a reorganização. “Quando você separa alunos do ciclo um em uma escola, do ciclo dois em outra e do ensino médio em outra, o Idesp tende a melhorar de 10% a 12 %”, afirmou.