15 de agosto de 2019 Atualizado 09:42

  Polícia prende Cristiano Aro em operação contra fraude no setor de combustíveis

  Polícia prende Cristiano Aro em operação contra fraude no setor de combustíveis

8 de Agosto de 2019 Grupo Liberal Atualizado 13:56
MENU

  Polícia prende Cristiano Aro em operação contra fraude no setor de combustíveis

Compartilhe

LÍDIMA

Polícia prende Cristiano Aro em operação contra fraude no setor de combustíveis

Investigação do Ministério Público do Espírito Santo, batizada de Operação Lídima, prendeu 17 pessoas nesta segunda-feira

Por Marina Zanaki

04 dez 2018 às 07:33 • Última atualização 04 dez 2018 às 08:57

A polícia prendeu nesta segunda-feira o empresário Cristiano Fontes Aro, de 38 anos, dono do escritório Aro Contabilidade, em Americana. A prisão foi pedida pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do Ministério Público e pela Polícia Civil do Espírito Santo dentro de uma investigação sobre adulteração de combustível e lavagem de dinheiro em três estados.

Policiais da CPJ (Central de Polícia Judiciária), de Americana, cumpriram mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão, expedidos pela Justiça de Serra (ES), na casa do empresário e no escritório, no Jardim São Paulo. Três veículos foram apreendidos, além de documentos, computadores, celulares e uma arma calibre 380 com registro vencido.

Foto: Marina Zanaki / O Liberal
Polícia Civil fez buscas no escritório do empresário, no Jardim S. Paulo

A investigação, batizada de Operação Lídima, prendeu 17 pessoas nesta segunda-feira. Elas são suspeitas de integrarem um grupo que praticava adulteração de combustíveis com a utilização de um solvente e de água. Segundo os investigadores, os envolvidos também promoviam fraudes fiscais.

O esquema se aproveitava de diferentes alíquotas de tributação em relação à finalidade dada ao álcool. A substância era retirada das usinas com uma nota indicando como destino, por exemplo, empresas químicas, cuja alíquota de imposto era mais baixa do que a do álcool usado para combustível. Contudo, no final, o produto era encaminhado para postos de combustível.

Coordenador do Gaeco, o promotor de Justiça Bruno Simões Noya de Oliveira disse que o esquema prejudicava tanto consumidores quanto o mercado. “Isso permitia o aumento do lucro e um preço mais em conta na bomba, afetando a concorrência no mercado. A sonegação é milionária, mas não se tem valores ainda”, comentou.

Foto: Ministério Público/Divulgação
Operação combateu fraudes na fabricação, distribuição e comercialização de combustíveis

“O empresário que trabalha com lealdade no comércio de combustíveis não consegue concorrer com esse tipo de fraude”, destacou, durante a coletiva de imprensa nesta segunda-feira, no estado capixaba.

O nome dos investigados presos não foi revelado pela Promotoria. Ao LIBERAL, o delegado Donizete Mello, da CPJ de Americana, confirmou o nome de Cristiano Aro.

Os investigadores também não revelaram qual era a participação do empresário no esquema. Ele foi levado para o CDP (Centro de Detenção Provisória) de Americana nesta segunda-feira e deve ser ouvido pelo MP do Espírito Santo.

O advogado Adriano Lopes Rinalti, que representa Cristiano, disse ao LIBERAL que ainda apurava o motivo da prisão do empresário. “Não temos maiores detalhes”, afirmou na tarde desta segunda.

Cristiano Aro foi candidato a vereador em Americana, em 2016, pelo PSD. Ele teve 518 votos e não foi eleito.