trato feito
Operação que prendeu prefeito de Mauá cumpre mandado em Americana
Polícia Federal esteve no bairro Jardim São José, mas detalhes sobre o mandado cumprido na cidade ainda não foram revelados pelas autoridades
Por Talita Bristotti
13 dez 2018 às 09:55 • Última atualização 13 dez 2018 às 09:58
Link da matéria: https://liberal.com.br/arquivo-de-noticias/cidades/americana/operacao-que-prendeu-prefeito-de-maua-cumpre-mandado-em-americana-926542/
A operação deflagrada na manhã desta quinta-feira (13) pela PF (Polícia Federal), que culminou na prisão do prefeito de Mauá, Átila Jacomussi (PSB), teve cumprimento de mandado de busca e apreensão em Americana. A reportagem do LIBERAL flagrou uma equipe da polícia na região do bairro Jardim São José, mas detalhes sobre o mandado cumprido na cidade ainda não foram revelados pelas autoridades.
A Operação Trato Feito, segundo a PF, investiga uma organização criminosa voltada para o desvio de recursos públicos em contratos firmados em Mauá, na grande São Paulo, sobretudo aqueles destinados à merenda, uniformes e material escolar. A investigação é um desdobramento da Operação Prato Feito, deflagrada em maio deste ano.
A PF cumpre 2 mandados de prisão preventiva e 54 mandados de busca e apreensão nas cidades de Americana, Campinas, Cotia, Mauá, Mogi das Cruzes, Ribeirão Pires, Santo André, São Bernardo do Campo, São Paulo, Suzano e Vila Velha (Espírito Santo).
Dois agentes públicos foram afastados, um contrato com suspeita de fraude foi suspenso e 9 empresas foram proibidas judicialmente de contratar com a Prefeitura de Mauá. “O inquérito policial foi instaurado a partir de informações trazidas aos investigadores durante a análise do material apreendido na Operação Prato Feito, que apontavam oito crimes, além dos que estavam sendo apurados”, informou a Polícia Federal, em nota. “Os novos elementos trazidos aos autos indicam um esquema em que 9 empresas pagavam vantagens ilícitas a agentes públicos e políticos para a compra de apoio na Câmara Municipal de Mauá, sobretudo para a obtenção de contratos superfaturados”.
Os investigados responderão, na medida de suas condutas, pelos crimes de organização criminosa, fraude a licitações e corrupção ativa e passiva, com penas de 1 a 12 anos de prisão. A PF deve repassar mais informações sobre a operação em uma coletiva para a imprensa.
Colaborou João Colosalle e Marina Zanaki.