15 de agosto de 2019 Atualizado 09:42

  Nova empresa do transporte, Sancetur tem falhas em outros municípios

  Nova empresa do transporte, Sancetur tem falhas em outros municípios

8 de Agosto de 2019 Grupo Liberal Atualizado 13:56
MENU

  Nova empresa do transporte, Sancetur tem falhas em outros municípios

Compartilhe

Americana

Nova empresa do transporte, Sancetur tem falhas em outros municípios

Em Rio Claro, mães denunciaram em vídeos e fotos alguns ônibus escolares com pneus carecas

Por Leon Botão

25 set 2018 às 07:38 • Última atualização 25 set 2018 às 07:58

Dona da melhor proposta para assumir emergencialmente o transporte público urbano em Americana a partir de 1° de dezembro, a empresa Sancetur é alvo de ação popular por conta de contrato semelhante em Indaiatuba e tem histórico de problemas na prestação do serviço, como paralisações de funcionários por conta de atraso no salário e denúncias de má conservação dos ônibus. A empresa soma a todos esses problemas a falta de comunicação, já que a reportagem do LIBERAL enfrentou uma verdadeira saga em busca de posicionamentos da companhia – que não retornou as ligações.

A Sancetur opera hoje o transporte escolar em Americana. O contrato vence no mês que vem. Em dezembro, ela assumirá o transporte urbano no lugar da VPT (Viação Princesa Tecelã), que teve o contrato rompido pela prefeitura por conta de descumprimentos de algumas exigências. A companhia atuará na cidade com o nome “Sou Americana”. São 35 linhas que demandam, pelo edital, 80 ônibus.

Foto: Prefeitura de Atibaia / Divulgação
Além de Indaiatuba e Valinhos, a Sancetur também opera no transporte na cidade de Atibaia

Prestes a iniciar a atuação na cidade – marcada por polêmicas em relação à prestação do serviço das concessionárias ao longo dos últimos anos – a Sancetur chega com histórico problemático em Americana e também na região.

Em novembro do ano passado, o TCE (Tribunal de Contas do Estado) rejeitou um contrato firmado pela empresa com a prefeitura em 2014 no valor de R$ 11,8 milhões para o transporte escolar. O documento, segundo o tribunal, foi firmado com preço acima do praticado pelo mercado. O ex-prefeito Diego De Nadai e dois secretários foram multados.

Em Rio Claro, por exemplo, mães denunciaram em vídeos e fotos problemas em ônibus escolares, como pneus carecas e janelas quebradas. Em Paulínia, a Sancetur registra duas paralisações de funcionários em 2018 por falta de pagamento do salário e direitos trabalhistas, além da ausência de manutenção nos ônibus escolares.

Questionada sobre o histórico da empresa, a Prefeitura de Americana afirmou que ela apresentou capacidade de atendimento e disse que “é preciso destacar que já há atuação da empresa em cidades do porte de Americana, como Valinhos e Indaiatuba”.

Justamente em Indaiatuba, a contratação emergencial semelhante à de Americana é alvo de ação popular. A Sancetur entrou no município com a empresa antiga tentando barrar na Justiça – assim como em Americana – e sua contratação é questionada porque o Executivo não teria dado publicidade aos termos de referência da contratação e, ao renovar o contrato emergencial, sem elaborar licitação durante os 180 dias do primeiro contrato, instituiu subsídio de R$ 2 milhões para a empresa. Além de Indaiatuba e Valinhos, a Sancetur também opera no transporte na cidade de Atibaia.

Direção não se posiciona sobre problemas

Em busca de um posicionamento da empresa sobre os problemas em outras cidades e também quanto à atuação em Americana, a reportagem do LIBERAL buscou contato com representantes da Sancetur ao longo de toda a tarde desta segunda-feira. Foram feitas ligações em cinco números da companhia, funcionários atenderam em três deles, mas não houve posicionamento até o fechamento da reportagem.

O LIBERAL ligou no escritório de Americana, onde um funcionário disse que não havia nenhum responsável no local e que a unidade de Campinas deveria ser procurada. O funcionário não soube informar o número da unidade indicada.

Depois, foram feitas ligações em outros números. Nos telefones de Paulínia e de Campinas, as chamadas não foram atendidas. No número de Valinhos, uma funcionária passou o número correto de Campinas. Lá, outra funcionária disse que representantes entrariam em contato mas isso não ocorreu.