Confusão
Funcionário é agredido por guarda e prefeitura investiga
Confusão teve início após os patrulheiros da Gama estacionarem a viatura em cima da faixa de pedestres e da rampa de acesso a cadeirantes
Por Leon Botão
18 set 2017 às 15:23 • Última atualização 18 set 2017 às 20:18
Link da matéria: https://liberal.com.br/arquivo-de-noticias/cidades/americana/funcionario-e-agredido-por-guarda-e-prefeitura-investiga-663007/
Um funcionário do Teatro Municipal Lulu Benencase, de Americana, relatou uma agressão sofrida por um guarda municipal, em frente ao teatro, na tarde deste domingo (17). A confusão teve início após os patrulheiros da Gama (Guarda Municipal de Americana) estacionarem a viatura em cima da faixa de pedestres e da rampa de acesso a cadeirantes e serem questionados. A situação foi filmada e repercutiu nas redes sociais. A Prefeitura de Americana informou que irá apurar o caso.
Conforme o relato do funcionário Osmair Poleto, conhecido como Branco, o público chegava para um espetáculo infantil, por volta das 15h30, quando os guardas pararam a viatura. Um membro da produção da peça tirou uma foto do carro sobre a faixa e questionou os guardas, que deram voz de prisão ao homem e o colocaram na viatura. Em seguida, os funcionários do teatro interviram e Branco acabou levando um chute na perna e uma gravata. Para ele a situação foi abuso de poder.
“Fomos lá conversar, o guarda já começou a gritar. Falei para ter calma, que não era assim. Falei: ‘como estamos com criança, vamos lá pra dentro conversar’. Nisso o cara me chutou, deu uma gravata e colocou na viatura. A Guarda não merece esse indivíduo lá dentro, a Gama merece todo nosso respeito, nós temos um respeito muito grande por eles, mas infelizmente em todo o lugar tem o bom e mau”, afirmou Branco.
Ele e o outro homem foram levados à CPJ (Central de Polícia Judiciária) e depois liberados. O caso foi registrado na Polícia Civil. Por meio de nota, a prefeitura informou que abrirá sindicância para apurar as atitudes dos guardas municipais e também dos funcionários do teatro.
Em vídeos registrados por testemunhas – disponíveis no Portal do LIBERAL – é possível ver um funcionário argumentando com os patrulheiros. Um deles diz que, segundo o Código de Trânsito Brasileiro, as viaturas têm “livre parada”, e o outro diz que “trabalha 12 horas por dia” para cuidar do próprio serviço, e não dos outros.
No CTB, inclusive, está previsto que as viaturas podem estacionar em qualquer local e até trafegar na contramão, desde que se trate de uma situação de emergência e acionem sinais luminosos e sonoros. Caso contrário, podem ser inclusive multadas.