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  Acusados por morte de comerciante de Americana vão a júri

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8 de Agosto de 2019 Grupo Liberal Atualizado 13:56
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  Acusados por morte de comerciante de Americana vão a júri

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Americana

Acusados por morte de comerciante de Americana vão a júri

Ministério Público sustenta que Marcos Stival Júnior foi assassinado por um concorrente que também atuava no ramo de bebidas no Jardim Boer

Por Walter Duarte

27 dez 2018 às 09:37 • Última atualização 27 dez 2018 às 09:40

A Justiça de Americana determinou que os três acusados pela morte do comerciante Marcos Stival Júnior, de 25 anos, sejam levados a julgamento pelo Tribunal do Júri. O Ministério Público sustenta que o crime, ocorrido em maio do ano passado, foi encomendado por outro comerciante, Rogério Henrique da Silva. Ambos eram concorrentes no ramo de bebidas no Jardim Boer.

Segundo a denúncia, Silva teria contratado dois homens – Rogério Rodrigues Ramalho e Valdeir Ferreira da Silva – para, simulando um roubo, cometerem o assassinato. Os três, que estão presos desde o fim das investigações, negam as acusações.

Marcos foi morto com um tiro na cabeça depois que bandidos encapuzados invadiram o seu depósito de bebidas. Eles pegaram R$ 300 do caixa, dois pacotes de cigarro e, mesmo sem reação por parte da vítima, o obrigaram a deixar o estabelecimento e entrar em uma casa em construção, onde foi morto.

Foto: Facebook / Reprodução
Marcos Stival Junior foi morto a tiros em um terreno ao lado do estabelecimento comercial

A arma utilizada foi encontrada pela Polícia Civil na casa de Rogério Ramalho, durante busca realizada em uma investigação de tráfico de drogas. A quebra do sigilo telefônico dos réus indicou contatos frequentes entre eles, inclusive na data do homicídio.

Durante o inquérito, Valdeir chegou a afirmar que foi contratado para praticar o roubo, mas não sabia que o objetivo real era matar o comerciante. Em seu interrogatório judicial, no entanto, ele mudou a versão, dizendo ter assinado o depoimento “sem ler”.

Para o juiz Gerdinaldo Quichaba Costa, da Vara do Júri de Americana, os indícios são suficientes para submeter os suspeitos ao julgamento popular. “Agora, se os indícios se tornarão provas, somente o Colegiado Constitucional é que poderá solucionar, não sendo o caso de se aprofundar ainda mais”, ressaltou o magistrado.

Os advogados Paulo Eduardo Paschoal Junior, responsável pela defesa de Rogério Rodrigues, e José Sidnei da Rocha, defensor de Valdeir, vão aguardar a manifestação dos clientes sobre eventual recurso.

O advogado Willian César Pinto de Oliveira, que defende Rogério Henrique, disse que confia na absolvição do cliente no plenário do júri. “Vou fazer um recurso ao próprio juiz para esclarecer alguns pontos, mas não vou ao Tribunal. As ligações entre os réus foram totalmente esclarecidas ao longo do processo. Havia uma outra hipótese sobre o crime, relacionada à compra de um carro pela vítima, que foi totalmente ignorada pela polícia. E a vítima foi vista até chorando de medo dessa pessoa”, afirmou.

Família

Em outubro do ano passado, a mãe de Marcos, a professora Rosângela Cristina da Silva, de 46 anos, disse se sentir “com a alma lavada” quando o crime foi solucionado e os acusados, presos. Relembre: