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  Pílula do dia seguinte não é considerada segura

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Revista L

Pílula do dia seguinte não é considerada segura

Eficácia depende da regularidade do ciclo menstrual da mulher; participante do BBB15 utilizou o método contraceptivo por duas vezes no programa

Por Da Redação

25 fev 2015 às 14:20 • Última atualização 20 jan 2017 às 14:42

Pela segunda vez em duas semanas, a BBB15 Talita tomou a chamada pílula do dia seguinte para se precaver de uma possível gravidez, após fazer sexo sem preservativo nem uso de anticoncepcional com seu namorado, o estudante de administração Rafael. A BBB achou melhor se prevenir de uma gravidez indesejada, embora seja adepta da tabelinha e acredite não estar grávida por estar fora de seu período fértil.

Porém, segundo o ginecologista, obstetra e especialista em medicina fetal, Jurandir Passos, a tabelinha é considerada o método contraceptivo menos seguro de todos. [\img]Isso porque o período fértil corresponde à ovulação da mulher; dura 24 horas e geralmente ocorre catorze dias antes da próxima menstruação. Ou seja, em um ciclo regular de 28 dias, o período fértil seria exatamente na metade, lembrando que a conta começa no primeiro dia da menstruação.

“Ocorre que a maioria das mulheres não tem um ciclo de 28 dias”, diz o especialista. “Mesmo aquelas que possuem ciclos regulares podem sofrer variações esporádicas devido a estresse ou outros fatores”.

Outro ponto que pode contribuir para uma possível gravidez é o fato de Talita ter recebido a pílula do dia seguinte dois dias depois de ter solicitado o remédio à equipe do reality show. O medicamento pode ser ingerido até 72 horas após a relação sexual, mas sua eficácia cai quanto mais a mulher demora a tomá-lo. “A recomendação é que ela seja tomada o quanto antes”, afirma Passos.

Conforme ele explica, a base da pílula do dia seguinte é a progesterona, hormônio que torna o útero um lugar inóspito para a fixação de um novo embrião, descamando o endométrio. Porém, se a mulher já estiver grávida, a pílula não terá efeito. “Também é importante lembrar que o método é considerado de emergência e sua dose hormonal é muito maior do que os não-emergenciais, a exemplo do anticoncepcional. Seus efeitos colaterais incluem náusea, vômito, diarreia, cólica, dor de cabeça e irregularidade no ciclo menstrual, como atrasos ou adiantamento da menstruação, sangramentos longos ou constantes”, revela Passos.

A pílula do dia seguinte tem cerca de quinze vezes mais hormônio do que as pílulas tradicionais. Por isso, a pílula do dia seguinte é um contraceptivo de emergência, portanto deve ser utilizada apenas em último caso. “Não deve ser usado como rotina, pois pode fazer mal à saúde. Não se deve fazer de seu uso um hábito e nem tomar mais que uma dose por mês”.

Fonte: Delboni Medicina Diagnóstica