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  Câncer de próstata: além do toque

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8 de Agosto de 2019 Grupo Liberal Atualizado 13:56
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  Câncer de próstata: além do toque

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Revista L

Câncer de próstata: além do toque

Especialista chama atenção para exame de sangue, em parceria com o exame de toque, para detecção certeira do câncer de próstata, 2ª maior causa de mortes entre homens acima de 60 anos

Por Da Redação

24 ago 2015 às 08:07 • Última atualização 20 jan 2017 às 16:21

Isoladamente, o exame de toque – realizado na investigação de câncer de próstata – não oferece altas taxas de confiabilidade. Quando associado ao exame PSA (antígeno prostático específico), a dupla oferece 92% de acerto no diagnóstico. Isso porque, quanto maior o nível de PSA no sangue, maior também é a chance de o paciente ter câncer de próstata – sendo que taxas inferiores a 2,5ng/ml são consideradas normais. De acordo com o médico radiologista, Leonardo Piber, é fundamental que homens entre 50 e 75 anos se submetam a esse simples exame de sangue todos os anos.

“Quando a análise do sangue detecta alteração importante, normalmente o paciente é encaminhado a novos exames de imagem para diagnosticar precocemente o câncer de próstata, já que a doença oferece boas chances de cura quando tratada logo no início”, diz o médico.

O PSA é uma proteína encontrada em grandes quantidades no sêmen e em pequena quantidade no sangue, mas é o suficiente para indicar quando há risco. “Pode acontecer de o nível de PSA estar alto por conta de alguma inflamação ou infecção na glândula prostática. Daí a importância de o médico fazer o toque retal e encaminhar o paciente para exames de imagem, considerando idade, histórico familiar, medicamentos de uso contínuo e até determinados suplementos que afetam o tamanho da próstata”.

O câncer de próstata é o segundo mais comum entre brasileiros, com quase 70 mil novos casos por ano. “A maioria dos casos acontece por volta dos 65 anos, mas a investigação diagnóstica deve acontecer entre 50 e 75 anos. Quando há parentes diretos que já enfrentaram a doença, o recomendado é iniciar os exames anuais a partir dos 40 anos. Trata-se de um tipo de câncer que mata mais de 13 mil pessoas todos os anos e é particularmente agressivo para homens com uma dieta rica em gorduras ou que são de fato obesos”.

Quando tanto o toque retal quanto o nível de PSA apontam para o câncer de próstata, outros exames costumam contribuir para chegar a um diagnóstico preciso, como o ultrassom transretal e a biópsia. “A ressonância magnética também costuma ser empregada para sabermos a localização exata do tumor, bem como se ele se espalhou pela próstata”.

Sintomas
Vale saber que o câncer é uma doença silenciosa e costuma não apresentar sintomas relevantes nos estágios iniciais. Mesmo assim, o paciente pode começar a sentir dificuldade ou dor ao urinar, urgência em urinar (principalmente à noite), urinar em pouca quantidade e mais vezes, verificar sangue na urina, e sentir dor persistente nas costas ou nos quadris.

“Quando o câncer de próstata atinge outros órgãos, o paciente também pode ter dor nos ossos, fraqueza generalizada, perda de peso sem motivo aparente, anemia e falência renal. Por se tratar de uma doença que pode ser diagnosticado e tratado com sucesso logo no início, é importante que os homens levem a sério os exames preventivos, principalmente essa dobradinha entre toque retal e exame de PSA assim que atingem a meia-idade”, adverte o médico radiologista.

Fonte: Centro de Diagnósticos Brasil (CDB)