Homicídio
Vaza áudio de assassino de Daniel e policial
Policial civil afastado Edenir Canton orientou o empresário Edison Brittes, autor do crime, sobre advogado a ser contratado para sua defesa
Por Agência Estado
15 dez 2018 às 07:20 • Última atualização 16 dez 2018 às 07:59
Link da matéria: https://liberal.com.br/arquivo-de-noticias/brasil-e-mundo/brasil/vaza-audio-de-assassino-de-daniel-e-policial-927809/
Uma série de áudios de WhatsApp vazados nesta semana revela que o empresário Edison Brittes, conhecido como Juninho Riqueza, autor confesso do homicídio do jogador de futebol Daniel Correa, em 27 de outubro, manteve conversas com o policial civil afastado Edenir Canton, o Gaúcho. Ele chegou a se aconselhar com Canton para a contratação de um advogado.
No áudio, o policial descarta a contratação de Cláudio Dalledone, atual defensor de Juninho, e propõe outro nome. “Juninho, sou eu, o Gaúcho. Não vai atrás do Dalledone”, diz o policial. “Passa aqui que temos que montar uma estratégia técnica, senão o Dalledone só fica na conversa, te prende e você está **”, diz ele, que responde a um processo por homicídio.
Na sequência, Brittes recorreu ao advogado Rafael Pellizetti, indicado por Canton. O ex-policial e Brittes já se conheciam anteriormente. O carro onde o empresário levou o atleta no porta-malas já havia pertencido a Canton, que o vendeu ao empresário.
Ao site Uol, Pellizetti disse que Brittes falou sobre o homicídio “e em virtude da brutalidade e covardia do crime, entendi que não poderia fazer esse tipo de defesa.” O advogado do empresário, Dalledone, informou por meio da assessoria, que não comentaria “fatos marginais ao processo e não “inclusos na investigação”.
Canton responde por um homicídio em abril de 2015 de um acusado de matar um político no Paraná. A reportagem não conseguiu contato com o policial.
O caso
Daniel foi achado morto em São José dos Pinhais, na Grande Curitiba, com o pênis decepado e quase decapitado, após participar de uma festa na casa de Brittes. O empresário alega ter matado o atleta porque ele teria tentado estuprar sua mulher, Cristiana Brittes. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.