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  Sob aplausos, corpo de coordenadora é enterrado em Suzano

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8 de Agosto de 2019 Grupo Liberal Atualizado 13:56
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  Sob aplausos, corpo de coordenadora é enterrado em Suzano

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Raul Brasil

Sob aplausos, corpo de coordenadora é enterrado em Suzano

Marilena Ferreira Vieira Umezu foi morta durante o ataque à Escola Estadual Professor Raul Brasil

Por Agência Estado

15 mar 2019 às 11:59 • Última atualização 15 mar 2019 às 13:35

Sob aplausos e muita comoção, foi enterrado nesta sexta-feira o corpo de Marilena Ferreira Vieira Umezu, de 59 anos, coordenadora pedagógica da Escola Estadual Professor Raul Brasil, morta durante o ataque à escola na manhã de quarta-feira (13). Amigos e parentes também acompanharam uma missa nesta manhã. Antes do sepultamento, uma celebração foi realizada na capela do Cemitério Municipal São Sebastião, em Suzano.

O cortejo com o corpo de Marilena chegou ao cemitério por volta das 11h20. O enterro foi realizado na sexta-feira porque a família aguardava a chegada de um dos filhos da coordenadora que mora há sete anos na China.

Foto: Arquivo pessoal
Marilena Ferreira Vieira Umezu

“Todo mundo tem de ensinar as crianças em casa. Muitos pais acham que a criança vai aprender alguma coisa na escola e acham que a escola vai ensinar tudo, mas não. A educação vem do berço e foi isso que a minha mãe sempre ensinou para a gente. Ela seu valores para a gente, desde pequeno, e ajudou a gente a entender o que é certo e o que é errado. Quem tem valor, vai ser uma pessoa boa na vida. Não tem segredo”, disse o engenheiro mecânico Michael Vieira Umezu, de 38 anos, um dos filhos da coordenadora.

Ele fala que a mãe tinha carinho pelos estudantes. “Tem muitos alunos bons no Raul Brasil e ela era muito querida lá. Ela gostava dos alunos e queria vê-los se dando bem.”

No mesmo cemitério foram enterrados os estudantes Caio Oliveira, de 15 anos, Cleiton Antonio Ribeiro, de 17, Kaio Lucas da Costa Limeira, de 15, e Samuel Melquiades Silva Oliveira, além da inspetora escolar Eliana Regina de Oliveira Xavier, de 38. O também estudante Douglas Murilo Celestino, de 16 anos, e o dono da locadora de veículos Jorge Antonio de Moraes, de 51, foram sepultados em outros locais e não participaram do velório coletivo, realizado na quinta-feira, 14, na Arena Suzano.

Sem velório

A pedidos de suas famílias, os jovens que realizaram o ataque à escola foram enterrados sem velórios organizados. Os sepultamentos ocorreram na quinta-feira, às 12h30, em dois cemitérios da cidade. Luiz Henrique de Castro, de 25 anos, foi sepultado no São Sebastião. G.T.M., de 17 anos, foi enterrado no São João Batista.

“As famílias estavam muito abaladas. No sepultamento do Castro, vieram umas 40 pessoas e elas passaram 20 minutos velando o corpo na capela. Não tem coroa nem o nome na sepultura. O enterro foi rápido e sem intercorrências”, disse Fábio Tostes da Luz, administrador dos cemitérios São Sebastião e São João Batista. Sobre o enterro do menor, ele diz: “A família optou por abrir o caixão no local e foi rápido”.