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Paulistão

Paulistão começa com exigência de vacinação e grandes em estágios distintos

Torneio, que completa 120 anos em 2022, terá bola sustentável e transmissão espalhada em seis plataformas diferentes

Por Agência Estado

23 de janeiro de 2022, às 07h30 • Última atualização em 23 de janeiro de 2022, às 08h17

O Campeonato Paulista começa neste domingo com o confronto entre Novorizontino e Palmeiras em Novo Horizonte. O torneio que completa 120 anos em 2022 terá bola sustentável e transmissão espalhada em seis plataformas diferentes – Record, YouTube, Premiere, Paulistão Play, HBO Max e Estádio TNT Sports – algo que se tornou normal nos eventos esportivos.

Fora de campo, o protocolo sanitário seria mais brando, mas foi endurecido à medida que a variante Ômicron fez explodir o número de casos de covid-19. O documento elaborado pela FPF exige que os atletas estejam vacinados e apresentem teste negativo para covid-19 até 24h antes de cada jogo até que “o índice de transmissibilidade possa mudar.”

O período de isolamento para o jogador em caso de contaminação foi reduzido de dez para sete dias. O atleta pode retornar no oitavo dia desde que apresente exame negativo. O Estadão apurou que ao menos 11 dos 16 times estão com seus elencos vacinados com duas doses do imunizante contra o coronavírus.

O São Paulo defende o título, o Palmeiras quer chegar à sua terceira final consecutiva, o Corinthians busca ampliar sua soberania em número de conquistas e o Santos joga a fim de se livrar do jejum de seis anos sem ganhar o principal Estadual do País, maior seca entre os quatro grandes do Estado.

O Corinthians é o maior campeão, com 30 troféus, e ganhou o torneio pela última vez em 2019. O Palmeiras é o segundo time que mais vezes levantou a taça do Paulista – 23 vezes. Passou perto de erguer a 24ª ano passado, quando perdeu a decisão para o São Paulo. Essa conquista, a 22ª da história do clube do Morumbi, foi muito festejada porque a equipe não celebrava um título estadual desde 2005.

O Santos também ostenta 22 conquistas, mas não fatura o caneco desde 2016. O jejum é incômodo e de certa forma incomum para um time que acostumou-se a ganhar o torneio neste século. Foram seis títulos nesse período, sendo três seguindo – 2010, 2011 e 2012 – na época dourada em que os meninos da Vila eram comandados por Neymar.

ESTÁGIOS DISTINTOS

Os rivais, claro, perseguem o troféu, mas têm planos distintos para a competição, sobretudo para a primeira fase. O Palmeiras, primeiro a se reapresentar, não dará tanta atenção ao Paulistão nas próximas semanas porque no início de fevereiro disputa o Mundial, que se tornou obsessão da equipe. Toda a pré-temporada tem sido feita pensando no campeonato da Fifa a ser realizado em Abu Dabi. A delegação viaja aos Emirados Árabes Unidos no dia 2. Antes disso, tem quatro compromissos pelo torneio estadual. O primeiro deles é válido pela quinta rodada, mas foi adiantado e vai abrir o certame diante do Novorizontino neste domingo em Novo Horizonte.

Embora não tenha feito uma reformulação em seu elenco, o Corinthians pensa no Paulista como uma oportunidade importante de afinar o entrosamento e encaixar os seus principais atletas, o que não foi feito como Sylvinho gostaria na última temporada devido a lesões. Willian, por exemplo, ficou mais de um mês lesionado. Neste ano, ele, Renato Augusto, Giuliano e Róger Guedes terão neste a companhia de Paulinho, mais um repatriado. Caberá a Sylvinho a missão de encontrar espaço para todos entre os titulares e dar equilíbrio ao time.

“Sylvinho que decide, escala e determina. A certeza que tenho é que tem jogadores qualificados, um grupo de grande qualidade. Quem entrar, vai dar conta do recado”, ressaltou Paulinho.

São Paulo e Santos, os que mais mexeram em seus elencos – até porque são os que mais precisam mudar – jogam para entrosar suas equipes e fazer um bom início de 2022 depois das péssimas campanhas no Brasileirão do ano passado. Ambos brigaram contra o rebaixamento e foram salvos perto do fim da competição.

“Pelo tamanho do São Paulo, o time pode bater de frente com qualquer um. Pelos reforços, pelos jogadores que já estavam aqui, pelo trabalho do Rogério. Estamos trabalhando muito e, independentemente do adversário, vamos encarar”, afirmou o meia-atacante Alisson, um dos cinco reforços do São Paulo para a temporada prestes a começar. Os outros são Jandrei, Rafinha, Patrick e Nikão.

O Santos, aliás, também correu risco de queda até mesmo no Paulista de 2021. A temporada foi cheia de sobressaltos e poucas alegrias. O volante Sandry confia que o cenário vai se alterar neste ano. “Acredito que vai ser uma temporada diferente. Estamos merecendo ganhar um título com essa camisa, nosso grupo está focado e vamos em busca disso”.

FORÇAS DO INTERIOR

No interior não há apenas o poderio financeiro do Red Bull Bragantino, atual vice-campeão da Sul-Americana, e a tradição de Guarani e Ponte Preta, arquirrivais de Campinas. Existem trabalhos consolidados de times que aparecem com destaque no cenário nacional. São os casos de Mirassol, Ituano e Novorizontino.

O primeiro foi semifinalista do Estadual nos últimos dois anos e os outros dois vão disputar em 2022 a Série B. O time de Novo Horizonte, rival do Palmeiras, na estreia, é o atual campeão do Troféu do Interior. Em comum, os três dão tempo para seus técnicos trabalharem e oferecem boas estruturas para os atletas.

“O Grêmio Novorizontino vem se estruturando, vem melhorando conforme o tempo e essa tranquilidade que ele dá para o jogador trabalhar é algo diferenciado”, disse o zagueiro Bruno Aguiar, ex-Santos. Já o Santo André aposta numa dupla de ataque de nome curioso: Junior Todinho e Gustavo Nescau.

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